A coordenadora técnica do Centro Integrado de Atendimento em Saúde Mental à Criança e ao Adolescente – CIACA, Rubia Carla de Paula Pirani, respondeu ao Requerimento nº 14/2025, da Vereadora Franciele Cristina Villa Matos, sobre a quantidade de crianças e adolescentes assistidos pelas terapias de Transtorno do Espectro Autista - TEA e demais transtornos, e sobre filas de espera, entre outras questões.
Na propositura, Matos quis saber o número de crianças e adolescentes assistidos atualmente pelas terapias de TEA e demais transtornos no CIACA. Pirani respondeu que o Centro está com 99 pacientes ativos e que catorze pacientes estavam agendados para avaliação psiquiátrica nos meses de fevereiro e março, totalizando 113 pacientes para atendimento multidisciplinar.
A Edil também quis confirmar se há, de fato, uma fila de espera, e em caso afirmativo, quantas crianças estariam nessa fila, e qual o tempo médio de espera para o início das terapias após a conclusão dos relatórios e constatação do autismo. Em resposta, a coordenadora técnica confirmou que no momento há duas filas de espera no CIACA: uma interna e uma externa.
Na fila interna, segundo ela, há vinte pacientes já identificados, por meio dos acolhimentos iniciais públicos de atendimento do CIACA, que aguardam agendamento para avaliação médica psiquiátrica. Já na fila externa, há quarenta pacientes aguardando para realização de acolhimento inicial, para identificação dos critérios de inserção no serviço.
Pirani explicou ainda que após a avaliação médica, a criança/adolescente já inicia as terapias, conforme estabelecido em seu Projeto Terapêutico Singular, mas colocou que há fila de espera para iniciar as terapias em algumas especialidades, principalmente psicologia, fonoaudiologia e terapia ocupacional.
Salientou também que no plano de trabalho apresentado ao Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA, a meta de usuários em atendimento é de até oitenta crianças/adolescentes, e que no momento esse número já foi ultrapassado.
Outra dúvida de Matos, no Requerimento, foi se a Prefeitura Municipal possui alguma ação em andamento para diminuição da fila de espera. Pirani disse que a Secretaria Municipal de Saúde pretende solicitar, no próximo aditamento da parceria com o CMDCA, um aumento no número de profissionais para atuar no CIACA, no intuito de diminuir a fila de espera.
A Vereadora também perguntou se a municipalidade detém estruturas física e pessoal para aumentar a capacidade de atendimento em terapias para crianças com autismo e demais transtornos. A coordenadora técnica respondeu que o CIACA não dispõe de espaço adequado para aumentar consideravelmente os recursos humanos e zerar a fila de espera.
Pirani acrescentou também que mesmo havendo aumento do número de profissionais, acredita-se que ainda haverá fila de espera, pois é o único serviço em Jales que trata crianças e adolescentes com transtornos psiquiátricos moderados, graves e persistentes. Já em relação ao TEA, ela lembrou que o Ambulatório de Saúde da Associação de Pais e Amigos do Excepcional - APAE também oferece o tratamento na cidade.
Por último, Matos havia perguntado se haveria a possibilidade legal e orçamentária, em caso de não haver espaços físico e pessoal para aumento da capacidade de atendimento, para o município realizar parcerias com clínicas privadas a fim de zerar a fila de espera de terapias para crianças com autismo na rede pública. Pirani informou que a Secretaria Municipal de Saúde oferece atendimento no âmbito da atenção primária em saúde por meio do Sistema Único de Saúde - SUS.
Outros detalhes sobre o Requerimento e a resposta estão disponíveis no link https://jales.siscam.com.br/Documentos/Documento/50837.